__manual de projeciologia

O que acontece na Peojeciologia. Não é espírito, mas outro corpo que se pode projetar para além das barreiras físicas. Por centenas de anos perdura a idéia de que o homem é feito de dois componentes: o corpo material e o espírito ou alma, que vem de Deus.

Mas, alguns filósofos e ocultistas afirmam que há um terceiro elemento, o corpo astral, o corpo de luz, o corpo estelar. É uma reprodução do corpo de carne e osso, mas feito de material muito mais fino e com luminosidade.

Pode vagar e se mover, atravessar objetos sólidos, sobrevive à morte (quando deixa o corpo físico) e passa a existir no plano astral, que é o plano normal da vida, mas chegando até o além.


Uma jornalista católica, Anne Osmont, também ocultista, ofereceu curioso relato de uma viagem astral. Ela morreu em 1953. Contou esta história: conseguiu, numa viagem astral, deixar provas materiais de sua experiência.

Era muito amiga de um casal de franceses como ela e escultores os dois.

A esposa Annie repetia sua completa descrença na possibilidade da viagem astral, ou mesmo na existência do corpo astral. Anne Osmont resolveu provar-lhe o contrário: com grande esforço, que durou meia hora, conseguiu libertar seu corpo astral, projetá-lo através de paredes e ir até o quarto onde dormia o casal amigo.

Num aparador havia um licoeiro de cristal. Ela decidiu derrubá-lo. O esforço então, foi como se estivesse tentando mover um piano. Mas, conseguiu seu intento e o licoeiro foi se espatifar no chão.

O casal sentou-se na cama e ela ouviu a esposa murmurar: “Deve ser aquela idiota da Osmont”. Dias depois, Anne encontrou o homem e lhe relatou a cena até os mínimos deta-lhes.

Na sua história, Anne Osmont afirma que o esforço para mover o licoeiro a deixara exausta por vários dias. Os especialistas dizem que a remoção de objetos, em viagens astrais, e coisa muito rara.

Nativos que mudam de pele.

Entre os nativos da América Central, a projeção do corpo astral é conseguida com cantos encantados. A operação se chama “mudar de pele”.

Tem que ser efetuada depois do anoitecer, num lugar frio e deserto. Inteiramente nu, o indivíduo canta uma das canções: ao final, seu corpo material fica inconsciente.

Ele pode se tornar visível ou invisível, à vontade, ou tomar a forma que escolher. Mas a aparência normal é de uma luminosidade oval, difusa: quem chegar bem perto, pode enxergar através dessa luz.

Outro caso: O Dr. Fracis Lefebue, que praticava respiração ioga há sete anos, conta que, durante a Segunda Guerra Mundial, era médico num campo de prisioneiros, na Argélia. Um dia foi convocado pelo tenente.

Encontrou-o no barbeiro. E o oficial lhe contou que o vira, na noite anterior, no meio do caminho para a estação.

Vira com clareza e presenciara seu desaparecimento, como por encanto. “Depois disso conta o Dr. Lefebue – o tenente nunca mais zombou de mim, como fazia antes.”

Como fazer a viagem astral!

Pelo testemunho dos que dizem viajar astralmente, conclui-se que o andar não é diferente dos movimentos do corpo físico, a não ser uma certa sensação de bem-estar e de leveza.

O Dr. Lefebue conta que se lembra das vezes em que estava andando pelo quarto, sem saber se era sonambulismo ou uma projeção astral, até que se sentia flutuar.

Descreve a sensação do corpo astral com a sensação experimentada por alguém que sofre qualquer amputação: “sente” os movimentos do braço que foi cortado.

Para projetar-se astralmente, o Dr. Lefebue depende de grande força de vontade, inclusive exercícios de ioga nos quais aumenta sempre, mais e mais, os intervalos da respiração.

O mais experimentado dos modernos viajantes astrais americanos, o escritor Sylvan Muldoon, empresta grande importância a: primeiro construir forte desejo no subconsciente, que se alojará no consciente astral e em seguida, concentrar-se na própria imagem, no espelho.

Depois, a atenção tem que concentrar-se nas batidas do coração e na tentativa de tomar consciência da pulsação em qualquer parte do corpo. Então, repetindo sugestão mental, o coração deve ser forçado a diminuir o ritmo.

Muldoon diz que um estudo real e uma vontade férrea de viagem astral sempre trará resultados porque a determinação criada no subconsciente, inevitavelmente emergirá.

Sylvan Muldoon, escritor americano, afirmava que um intenso desejo pela viagem astral traria resultados e afirmava ter realizado a experiência.

Há a possibilidade de que algumas aparições ou visões imateriais de pessoas – vivas ou mortas – sejam devido a presença de corpos astrais. Há o caso de Lady B. e sua filha que, em 1892, afirmaram ter visto a fantasmagórica figura da uma mulher olhando em seu espelho.

Hornell Hart escreveu, em Enigma da Sobrevivência: Lady B. viu a mulher em três quartos de perfil. A senhorita B. viu a figura por trás, ” o rosto não lhe era diretamente visível, mas o viu perfeitamente refletido no espelho”.

As descrições mostram que o que viram as duas mulheres se assemelhava à presença física de uma pessoa, no quarto.

lustrações que demonstram os movimentos do corpo astral, quando desprendido do corpo normal. Os dois são ligados por uma corda elástica que, esticando-se ou retraindo, causa instabilidade ao corpo astral.

Completada a “viagem” ele volta ao indivíduo, no que se chama interiorização [desenhos de W. A. Watts].

Os hindus que voam pelo céu.

A idéia do corpo astral é muito antiga. Escritos hindus descrevem os oito siddhis, ou poderes sobrenaturais, que podem ser conquistados por um tipo de ioga chamado pranayama.

O sexto deles é “voar pelo céu”, aparentemente se referindo ao que hoje e chamado de projeção astral.

R. Dodds mostra que a idéia ocidental do corpo astral se originou na filosofia grega clássica, aparentemente sem qualquer influência oriental. Platão, em suas Leis (livro 10), discute as almas das estrelas, que dirigem suas trajetórias.

Ele diz que alguns acreditam que essas almas são de fogo ou de ar, além da matéria própria das estrelas.

Diz ainda que, embora não seja visível, a alma humana nos envolve de forma imperceptível a todos os sentidos. Em Timaeus diz-se que o Criador fez almas que colocou nas estrelas, como se estivessem em carruagens.

Essas almas eram para nascer depois como humanos e, se tivessem vida virtuosa, voltariam de volta às estrelas, depois da morte.

Aristóteles, discípulo de Platão, desenvolve a teoria de que o pneuma ( ar ou respiração) é elemento constituinte de homens e animais, onde reside a alma, de material análogo ao das

estrelas. Todo esse complexo de idéias e teorias, resultou na noção atual da existência do corpo astral.

 

Nessa noção do corpo astral tem continuidade no Oriente. No Purgatório, de Dante, (Canto 25), escrito no séc. 14, é dito que depois da morte, “a alma ao redor cria o seu próprio poder criador, semelhante à sua forma viva, em aspecto e tamanho … o ar circundante adota a forma que a alma lhe impõe”.

No séc. 16, Agripa Von Nettesheim parece referir-se ao corpo astral, quando fala das “férias do corpo, quando ao espírito é permitido transcender suas limitações, como uma luz que escapa de uma lanterna, para espraiar-se pelo espaço”.

Duplo etéreo e corpo astral.

 

Os termos “corpo astral” e “duplo” são utilizados para mencionar diferentes tipos de fenômenos. Um deles é chamado “duplo etéreo”, idêntico ao egípcio Ka, a força vital que dá vida ao corpo representado em arte como uma exata reprodução do corpo físico.

 

Os hindus o chamam de linga sharira, ou ” forma vital”, que é mais ou menos o “sistema de fios” do corpo. O fato de Sylvan Muldoon ter dado ênfase à “corda” que disse sentir ligando a projeção ao corpo físico, sugere que suas experiências envolvam a separação do corpo físico, não somente do corpo astral, como do duplo etéreo.

Na Escócia, fala-se de “o adiantado”, significando manifestações da presença de uma pessoa, antes que ela chegue ao lugar. Isso é diferente do conceito de corpo astral, que encerra integral consciência de tudo.

O verdadeiro corpo astral também se aplica a certos estados de sono, ou perda de consciência física.

Os sonos de cura, nos santuários gregos do deus Asclépios, que aparentemente afetavam uma projeção fantasmagórica do corpo físico, parecem mais referir-se ao duplo etéreo do que ao corpo astral.

Algumas autoridades modernas, como D. J. West e Anthony Flew, mantém uma atitude de bem humorado ceticismo em relação ao corpo astral e projeções.

Por outro lado, o prof. Hart anotou com escrupulosa neutralidade todos os pontos de vista, a favor e contra, em seu Enigma da Sobrevivência. Ele entende que “essas diversidades entre as várias descrições no mundo astral, e do após vida, não podem ser explicadas somente pela acusação de que são meras fantasias.

A evidência comprovada da realidade da projeção astral parece bastante conclusiva; e a evidencia de que as aparições de pessoas mortas são veículos do consciente que sobrevive também é convincente.

HOMEM, MITO & MAGIA; Redação; O Corpo Astral; Fascículo Semanal; São Paulo, SP; Editora Três; Vol. III; N.º 28; s. d.; 6 ilus.; pág. 557- 559.

 

A ARTE DE DESDOBRAR-SE.

 

A cultura de muitos povos antigos fala da existência de um segundo corpo do homem, capaz de desprender-se do físico e viajar para lugares distantes ou outros planos de vida.

 

O desdobramento ou, segundo Waldo Vieira – autor do livro Projeciologia -, a projeção da consciência fora do corpo humano é um “fenômeno antigo e universal, de todas as épocas, raças e povos, mesmo daqueles considerados não-intelectualizados, atrasados ou selvagens.

 

 

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